11/08/2025 15h06 - Atualizado em
11/08/2025 15h07
A fluoretação da água começou nos Estados Unidos, no início do século XX, após estudos realizados indicarem que comunidades com níveis naturais mais altos de flúor na água tinham menor incidência de cárie dentária.
O marco inicial foi em 1945, na cidade de Grand Rapids, Michigan, onde foi implementado o primeiro programa oficial de fluoretação da água, liderada por profissionais de saúde pública como H. Trendley Dean, considerado um dos pioneiros no estudo do flúor e sua relação com a saúde bucal.
Desde então, a prática foi sendo adotada por diversos países e hoje é recomendada por órgãos internacionais como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e reconhecida como uma das dez maiores conquistas em saúde pública do século XX.
A partir daí, a fluoretação da água é reconhecida mundialmente como uma das estratégias mais eficientes e seguras para a promoção da saúde bucal coletiva; e conforme a OMS, a adição controlada de flúor à água potável é eficaz na redução da incidência de cáries, sobretudo em comunidades com menor acesso a serviços odontológicos.
O flúor fortalece o esmalte dos dentes e atua na remineralização dos minerais perdidos que segundo especialistas em saúde pública, ajuda a prevenir lesões cariosas.
Dados internacionais apontam que os municípios que mantêm a fluoretação regular apresentam índices de cárie até 60% menores entre crianças em idade escolar, evidenciando a qualidade de vida das famílias com redução de gastos em tratamentos mais complexos e e economia significativa para os sistemas públicos de saúde.
Entretanto, devemos reconhecer os avanços que o Brasil conquistou nas últimas décadas, especialmente no que diz respeito ao acesso à água tratada e à ampliação da cobertura dos serviços públicos de abastecimento.
O SAAE de Alfredo Chaves, por exemplo, segue rigorosamente a Portaria GM/MS nº 888/2021, que regula os padrões de qualidade da água no Brasil, realizando coletas e análises frequente, alcançando toda a população de forma democrática.
Contudo, ainda enfrentamos grandes desafios com a universalização do saneamento básico, desde o acesso digno em áreas rurais e periféricas até os investimentos robustos na área.
Nesse cenário é preciso que gestores públicos unindo forças à todas as esferas representantes mantenham o compromisso com políticas estruturantes como um direito fundamental que impacta diretamente na saúde, na dignidade e no desenvolvimento social de todo pais.
Referências bibliográficas
Organização Mundial da Saúde (OMS)
ANA – Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico. (2024). Comitês de Bacias Hidrográficas Interestaduais. Brasília: ANA.
Ministério da Saúde – Vigiagua
Fiocruz – Cadernos de Saúde Pública
Conselho Federal de Odontologia
Portaria GM/MS nº 888/2021
Por Luziane Souza
Comunicação do SAAE - Alfredo Chaves